segunda-feira, 20 de abril de 2015

Atlético e a missão invencibilidade: tremedeira 11.0

  Ambiente inóspito. Local ensolarado, cercado por grandes muros e com um grande gramado centralizado. O tempo era predominantemente azul, e as vaias eram estridentes.

  Essas eram as difíceis condições que os jogadores do Atlético iriam enfrentar. Mas eles não estavam sozinhos. Eu e mais 6000 doentes também embarcamos nessa jornada em busca de manter a escrita. Eram 10 jogos de invencibilidade em cima do rival, e não venderíamos barato uma possível derrota.   
  

  Em um embate equilibrado, o apoio da arquibancada é essencial. Assim, a massa fez a sua parte e cantou desde o início do jogo. Mesmo após o Cruzeiro sair na frente era notório os incentivos da torcida alvinegra.



  O primeiro tempo terminou 1 x 0 para o Cruzeiro, mas os atleticanos estavam confiantes na vitória. Isso ficou evidente quando o time do galo foi para o vestiário, e a torcida clamou a plenos pulmões músicas de incentivo.


  O apoio da torcida surtiu efeito. Com a entrada do articulador Guilherme, diversas jogadas foram criadas, e o goleador Lucas Pratto não desperdiçou. O argentino fez dois gols, e o Atlético virou o jogo.



  A vitória foi um Pratto cheio para o torcedor atleticano, que não foi com sede ao pote e riu por último.
  
  No fim, o Mineirão tremeu. E não foi só em campo. A massa presente fez um show na arquibancada após uma partida épica, que jamais esquecerei. O ambiente inóspito se tornou salão de festas mais uma vez. 

  
  A escala de Richter não mente. Magnitude acima de 10 é algo extremamente raro, desconhecido. É, não há como negar. Eu sei que você treme, e muito. 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Os espetáculos da Champions League

  Os times entram em campo. A música tema da Champions League toca. De um lado das quartas de final, os líderes dos Campeonatos Espanhol e Francês. Do outro, o líder do Alemão contra o vice líder do Português. Garantia de muita adrenalina e emoção.

  No Estádio do Dragão, o Porto recepcionou o todo poderoso Bayern de Munique. Considerado o azarão do confronto, o time de Portugal surpreendeu e venceu por 3 x 1. O veterano Quaresma arrematou dois tentos e foi o nome do jogo. Jackson Martínez, revelação colombiana, também fez o seu. Thiago, um dos poucos que fez boa partida na equipe bávara, descontou para os alemães. Com esse resultado, os portugueses podem perder por até um gol de diferença na Allianz Arena. 50 092 torcedores assistiram a um grande jogo do Porto, que busca o terceiro título do torneio e está invicto na atual edição.


                                            
           Gols de Porto 3 x 1 Bayern

  No outro confronto, no Estádio Parc des Princes, o milionário PSG enfrentou o Barcelona. O uruguaio Luis Suárez marcou dois belos gols e ajudou o time catalão a sair com a vitória. Neymar também balançou as redes, e Van der Wiel deu números finais ao jogo. Com a vitória por 3 x 1 fora de casa, a equipe espanhola garantiu excelente vantagem para o jogo de volta. Já o time parisiense, que não perdia em casa em competições europeias desde 2006, está mais distante do tão sonhado primeiro título da Liga dos Campeões.


   Esses dois confrontos guardam mais coincidências do que o mesmo placar final. Nos dois jogos, a posse de bola ficou em torno de 60% contra 30%, o que mostra que houve um time que assumiu o controle do jogo na maior parte do tempo. Essas equipes foram o Barcelona e o Bayern de Munique, que garantiram uma maior autoridade no jogo ao adotarem a filosofia do técnico Guardiola. Isso também mostra que ter uma maior posse de bola não significa sair com a vitória, uma vez que o time alemão não conseguiu um resultado positivo em Portugal.

  Nas duas partidas, zagueiros brasileiros saíram como vilões. Dante, jogador do Bayern, perdeu a bola para Quaresma na entrada da área do goleiro Neuer. O português aproveitou a chance e marcou seu segundo gol no jogo. Já David Luiz, beque do Paris Saint Germain, levou dribles entre as pernas nos dois gols marcados por Suárez. Esses dois jogadores também formaram a dupla de zaga brasileira no fatídico 7x1, que parece não ter fim.

  
  Essa competição é europeia, mas tem molejo brasileiro. Nesses dois embates, a maioria dos jogadores tinha origem tupiniquim. Catorze brasileiros entraram em campo, e apenas um marcou gol.


  Na próxima terça feira, acontecerão os jogos de volta. Apesar de dois times terem garantido boa vantagem, os confrontos continuam abertos. Esse tradicional torneio, que é sempre imprevisível, ainda guarda muitas emoções para os próximos espetáculos.

sábado, 11 de abril de 2015

Pierre, o Pitbull e a casa alvinegra

   Em 2011, uma casa estava em ruínas. Toda desestruturada e caindo aos pedaços, o local não era como anos atrás.  Os ladrões entravam e tomavam conta do território. O dono, Alexandre Kalil, não sabia mais o que fazer.

   Por um último suspiro, Kalil resolveu pedir ajuda para alguns vizinhos. Eles o aconselharam a comprar um cão de guarda. O homem gostou da ideia e foi em busca de um imediatamente. O mercado estava escasso, mas Alexandre conseguiu fazer um ótimo negócio. Havia por lá um cachorro feroz que foi abandonado pelo seu antigo proprietário. Assim, mesmo em ótimas condições, estava com um bom preço. Esse Pitbull foi o escolhido por Kalil. Era Pierre, o Pitbull.

   Em pouco tempo, Pierre impôs medo e afastou os invasores. Enquanto isso, Kalil reorganizou a casa, que ficou cada dia mais moderna e com uma estrutura mais sólida. A pintura preta e branca foi retocada e algumas esculturas em forma de troféus embelezavam mais o ambiente.

   A suntuosa casa alvinegra começou a ser mais respeitada. Todos tinham medo do tal Pitbull. A placa “cão bravo” na entrada do local mostrava que o território era muito protegido. Ninguém ousava nem passar perto dessa moradia.

   Após alguns anos, em 2015, Kalil se mudou e a casa passou a ter novo dono. Outros cães de guarda faziam companhia a Pierre, que não tinha mais o prestígio de antigamente. Assim, o novo proprietário decidiu vendê-lo. O experiente Pitbull merecia ser o guardião de outro local, uma vez que na casa alvinegra já tinha deixado suas marcas.


                 



  Pierre é mais que um Pitbull. É  um guerreiro, um vencedor. Deixou seu nome na história do Atlético e também ajudou a mudar a história desse clube. Para uma torcida que valoriza a garra e o suor derramado no gramado, se tornou um herói e o principal exemplo. Seu sobrenome é raça, é Galo!

                Obrigado por tudo, Pitbull!